quarta-feira, 28 de novembro de 2012

AULA DE SUMÔ - 22/11

HISTÓRIA

            Na mitologia japonesa, há uma lenda que afirma que a origem da “raça japonesa” teria vindo de uma luta de sumô entre o deus Take-mikazuchi  e o líder de uma tribo rival. A luta teria sido vencida pelo deus, garantindo a supremacia dos japoneses nas ilhas nipônicas. Independente de lendas há registros da prática do sumô de mais de 1.500 anos. Além disso, originalmente, o sumô não era apenas um esporte, mas também um ritual religioso. Com o tempo, ele foi se caracterizando cada vez mais como um esporte, sendo formuladas regras e campeonatos, desenvolveram-se técnicas, de forma que a luta foi gradualmente evoluindo para o sumô que existe hoje, o sumô praticado atualmente segue exatamente as tradições e regras estabelecidas há séculos. Mas sempre mantendo sua característica espiritual, como ocorre com boa parte das artes marciais orientais.
            No Brasil, o sumô começou a ser praticado pelos imigrantes japoneses no início do século XX. O primeiro campeonato foi realizado na colônia de Guatapará, no interior de São Paulo, em 1914. A mais antiga instituição ligada ao esporte, a Federação Paulista de Sumô, surgiu em 1962. Em 1998, surgiu a Confederação Brasileira de Sumô (CBS), e em 2000 o Campeonato Mundial foi realizado em São Paulo, tendo sido a primeira vez que ele ocorria fora do Japão.
            O ringue do Sumô é chamado de 'dohyo', e tem o nome do saco de palha de arroz que demarca suas diferentes partes. O dohyo possui 18 pés quadrados, e 2 pés de altura, e é construído de um tipo especial de argila. A superfície rígida é coberta com uma fina camada de areia. O ringue em si mede pouco mais de 15 pés de diâmetro. Acima do dohyo, pendurado por cabos, há um teto assemelhando-se a um templo Shinto, com quatro enormes borlas penduradas em cada canto - as quais representam as estações do ano.


Regras:
  • Ganha o lutador que levar seu oponente para fora do círculo, ou jogando-o no dohyo. Tocar o chão com qualquer parte do seu corpo é o bastante para perder a disputa. Pisar com um dedo do pé ou o calcanhar no fardo de palha que marca o círculo também irá significar derrota.
  • A aplicação de golpes proibidos – como chutes, socos, enforcamentos, etc. – podem levar a uma desclassificação e vitória imediata do oponente.
  • É proibido segurar a parte do mawashi que cobre os órgãos genitais. Apenas é aceitável que segure-se as partes laterais do traje.
  • As categorias não são divididas por pesos. Então pode acontecer de um lutador enfrentar alguém com o dobro do seu peso. Então, para ganhar, é necessário utilizar os golpes de sumô.
  • Por ser um esporte muito rápido, o sumô necessita de muitos juízes para não deixar escapar nenhum detalhe. Normalmente são 6, um principal que anuncia o início e o fim da partida, e 5 adjacentes que servem para discutir com o juiz principal sobre algum golpe ou movimento duvidoso.
  • A vitória não pode ser muito comemorada pelo rikishi em respeito ao adversário derrotado.
 Curiosidades:
  
Cabeça Feita: Conhecido como mage, o penteado do lutador indica o estágio em que ele se encontra. Só pode ser cortado na cerimônia de aposentadoria do lutador.
  
Dieta Reforçada: Apesar da desgastante rotina de treinos, o lutador de sumô pesa, em média, 160 quilos. O segredo: uma dieta reforçada de 16 mil calorias (o que uma pessoa normal come na semana inteira).
  
Fio- Dental: Chamada de mawashi, a (pouca) roupa se resume a uma faixa de pano amarrada na cintura com uma espécie de avental com cores representando a região de origem do lutador.
  
Sal para Purificar: Antes do início da luta os lutadores seguem um ritual que pode durar mais de cinco minutos, bebem o chikaramizu (água comum, que eles acreditam ser fonte restauradora de força), jogam sal diante de si e no ringue.
  
Olho no Olho: Depois do ritual, os dois lutadores ficam agachados se encarando, de joelhos abertos, procurando maior equilíbrio até que a luta começa.

 Quem Manda é o Juiz: Chamado de gyoji, o árbitro do sumô é a autoridade máxima dentro do ringue de 4,55 metros de diâmetro. Quanto mais velho, mais alto o degrau que ele ocupa na modalidade.
  
Proteção Divina: Depois da "purificação", os lutadores se agacham e esticam os braços para os lados, com as palmas voltadas para cima e para baixo, pedindo a proteção do céu e da terra.

Epurra- Epurra: São proibidos socos, pontapés, puxões de cabelo e mordidas. As rasteiras e os empurrões são os principais movimentos que tornam os golpes parecidos com os do judô.

http://www.nihongobrasil.com.br/artesmarciais-----.htm
http://bodynetjol.blogspot.com.br/2010/04/historia-do-sumo.html

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